Olá, leitore! Espero te encontrar bem.
Como você pôde conferir no título deste texto, abordarei um pouco sobre a Fibromialgia, já que hoje, dia 12 de maio, é uma data escolhida para conscientizar as pessoas sobre essa doença que ainda é pouco conhecida e, por isso, é comum, infelizmente, presenciar comentários preconceituosos destinados às pessoas fibromiálgicas. Seja por falta de conhecimento, entendimento…
Bem, para começar, vou explicar, através de uma citação do site Pfizer, o que é essa coisa com nome difícil:
A fibromialgia é uma doença crônica que tem como principal sintoma dor constante por todo o corpo. Ainda não tem causa conhecida e atinge, principalmente, mulheres entre 30 a 55 anos. Mas homens, pessoas idosas, crianças e adolescentes também podem ter a doença. Ao todo, 3% dos brasileiros sofrem com o problema.
Site: pfizer.com.br
Eu, Lorena, fui diagnosticada com fibromialgia no início de 2021, depois de alguns episódios preocupantes de dores intensas, inchaços etc. Mas, para falar a verdade, eu sinto dores “inexplicáveis” desde 2010, quando ingressei na graduação (isso pode ser significativo, inclusive).
No início desta semana, eu lancei uma caixa de perguntas no Instagram, e vou expor um pouco mais sobre minha experiência com a dor crônica a partir desses questionamentos. Aproveito para agradecer a Amanda, Leandro, Hosanna e Kinaya pelas trocas sobre o assunto.
Amanda perguntou: “Você lembra de como os primeiros sintomas apareceram?”
Então, como eu citei acima: não sei exatamente quando comecei a ter os sintomas, mas lembro que já no primeiro semestre da graduação, em 2010, eu passei a sentir fortes dores de cabeça, tontura… ENXAQUECA! Com o passar do tempo, as dores que eu tinha nos joelhos foram piorando, e nenhum ortopedista sabia dizer o que poderia ser, já que os meus exames estavam normais. Sentia também, já nessa época, dor nos punhos, mas eu achava que fosse exclusivamente por usar muito o teclado do notebook. Eu costumava ir para a emergência ortopédica com alguma frequência, mas eram só paliativos: essas dores não passavam. E eu me acostumei a viver com elas.
Também sobre as dores, Hosanna questinou: “Você sente dor em lugares específicos ou se manifesta em qualquer lugar?”
Para responder, eu faço outra pergunta: você vai acreditar se eu disser que às vezes sinto dor nos dedos dos pés?! Na sola do pé, nos dedos das mãos (que também incham)… em mim, as dores se manifestam em qualquer lugar. Mas aquelas que me acompanham no dia-a-dia são, sobretudo, nos ombros, costas e braços.
“Cada pessoa sente de uma maneira, tem sintomas específicos etc.
Não é porque você sente diferente, que você não tem a doença.”
Eu ouvi isso de um clínico da dor, o terceiro médico a me dar o diagnóstico, após eu ter questionado o motivo pelo qual as pessoas fibromiálgicas que conheço terem determinados sintomas que eu não tenho. E é isso: cada pessoa é um mundo. E antes de chegar na tal consulta, eu, no meu período de negação, fui em diversos profissionais e fiz diversos exames.
Não há ainda um teste expecífico para descobrir a doença (que também não tem cura), então, o diagnóstico é feito por eliminação. Sendo assim, a bateria de exames seria necessária mesmo que eu não tivesse ficado insegura. E ela foi crucial, justamente para me acalmar mais um tanto.
Leando me perguntou se “Ela causa sintomas além das dores”.
Sim, causa! E eu vou trazer mais um trecho do site Pfizer para explicar:
“Estudos mostram que o cérebro de quem tem fibromialgia interpreta os estímulos de forma mais intensa, o que aumenta a sensação de dor. Mas a condição também pode causar:
- Fadiga;
- Sono não reparador;
- Alterações na memória e na concentração;
- Depressão;
- Ansiedade;
- Formigamentos;
- Dores de cabeça;
- Tontura;
- Alterações intestinais.“
Então, apesar de se falar-se muito sobre dores, há diversos outros sintomas causados pela doença, que mexem demais com o psicológico de portadores. Portanto, para os tratamentos, é preciso cuidar não só do físico, como também do psicológico. É uma caminhada multi: exercícios, remédios, terapias… cada tratamento é importante para contibuir positivamente com o todo, e cada pessoa vai precisar de estímulos diferentes, a depender do seu quadro de saúde. Por isso, é imprescindível ter um diagnóstico correto, para buscarmos também as melhores maneiras de nos cuidar.
O dia 12 de maio (e o fevereiro roxo) são datas necessárias para conscientizar e chamar atenção de pessoas que possam estar buscando diagnóstico, como também para desmistificar preconceitos e mostrar para as outras pessoas que não é “preguiça” ou “corpo mole”… apesar de não visíveis, os sintomas da fibromialgia são muito reais.
Você pode ler mais sobre a doença no site: https://www.pfizer.com.br/sua-saude/dor-e-inflamacao/fibromialgia (inclusive, há outros links como referência, ao final da página).
Há alguns perfis no Instagram que informam muitas coisas bacanas sobre dores crônicas. Sugiro que busque a que melhor atender suas necessidades de informação (eu vou “pulando” de uma em uma, rs).
E também há um grupo de psicologia na UnB que promove aulas gratuitas de Ioga para pessoas com dores crônicas, principalmente, fibromialgia: o Projeto Revitalize-Ser. Para acessar o grupo no WhatsApp, clique aqui.
Eu espero que este texto lhe tenha sido útil.
Até breve.
E boa saúde!!!
Ouvi sobre a doença há pouco tempo e não tenho costume de ir a médicos, ainda mais através do sus, que é a minha realidade no momento. Mas a cada dia me convenço de que sofro de fibromialgia. Sinto dores inexplicáveis desde sempre. E tem piorado. Os outros sintomas associados também estão presentes. Tem dias em que nem consigo sair da cama ou sofá. Quando me deito, parece que estou passando em um moedor. Obrigada por compartilhar sua condição e ajudar a conscientizar as pessoas, que geralmente acham que estou inventando, criando desculpas ou que sou hipocondríaca.
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