Se você nasceu na década de 1990 pra trás, já deve ter escutado falar na ícone musical Whitney Houston. Ainda mais se, assim como eu, você gostar de músicas lentas e/ou românticas.
Considerada A MAIOR VOZ DA SUA GERAÇÃO, Whitney é a primeira cantora negra a conquistar três discos de diamantes, além de ter sido premiada centenas de vezes, tendo batido recordes de prêmios musicais, com sete músicas em primeiro lugar “das paradas”, ultrapassando Elvis Presley e Os Beatles, a época.
Barril triplicado né?!
Para homenagear essa artista tão emblemática, será lançado no próximo dia 12 (quinta-feira), um filme para apresentar recortes da sua carreira.

Título: Wanna Dance With Somebody: A História de Whitney Houston
Direção: Kasi Lemmons
Duração: 2h26min
Data de lançamento no Brasil: 12.01.2023
Sinopse: “I Wanna Dance with Somebody: A História de Whitney Houston é uma poderosa e triunfante celebração da incomparável Whitney Houston. Dirigido por Kasi Lemmons, escrito pelo indicado ao Oscar® Anthony McCarten, produzido pelo lendário produtor musical Clive Davis e estrelado pela ganhadora do Prêmio BAFTA® Naomi Ackie, o filme é um retrato da complexa e multifacetada mulher por trás da voz. Da garota do coral de Nova Jersey a uma das mais recordistas e premiadas artistas de todos tempos, o público vai ser levado em uma jornada emocionante pela vida e carreira de Whitney, com performances arrebatadoras e uma trilha composta pelos hits mais amados da diva. Você não quer dançar?”

Protagonizado por Naomi Ackie, com direção de Kasi Lemmons (“Harriet”) e roteiro de Ashton Sanders (“Bohemian Rhapsody”), esse se mostra um filme sensível e muito emocionante. Ao trazer para a telona os momentos de escolha de músicas que viraram hits mundiais, as gravações de clipes memoráveis e momentos que marcaram a carreira da cantora (como ter se apresentado na recém-livre África do Sul, em homenagem a Nelson Mandela), o longa nos permite conhecer um pouco sobre a intensa, gloriosa e conturbada vida profissional de Houston.
Esse não é um filme que exagera no drama, abusando da tragédia (o que, para mim, é ponto positivo). Nos são apresentados sutilmente os momentos de conflitos familiares (como a exploração paterna e a relação amorosa abusiva). Há sinais de que houve agressão em determinadas cenas, mas essas informações não são explicitadas; mas sim, nos são mostrados closes mais focados num rosto exausto, jogos de sons e câmeras… Até no momento em que a morte da cantora é retratada, há grande sutileza e simbolismo. Essa característica, para mim, deixou a experiência ainda mais intensa. Consegui me conectar com cada momento, e me peguei prendendo a respiração em diversas cenas.
Pelo que nos é apresentado no filme e em matérias jornalísticas no decorrer dos anos, Whitney sofreu bastante com demandas públicas (como as especulações acerca da sua sexualidade, até questionamentos sobre a música dela “não ser negra o bastante”), além das demandas pessoais (como dramas familiares já citados no parágrafo anterior) que causaram danos intensos em seu psicológico.
Eu fiquei pensando durante o filme e também após, em como deve ser imenso o peso da fama: ter que parecer o que não é, para manter uma aparência que vá agradar o público, não sentir que representa o suficiente sua comunidade (o que, pelo que foi mostrado no longa, deixou a cantora bastante abalada); e também sobre não se conformar com quem se é, por causa de idealizações religiosas e preconceitos sociais incutidos em nossas mentes desde cedo. Penso em como cada uma dessas nuances nos atingem de maneira a nos podar, aos poucos, até chegarmos num lugar de não-existência. Whitney foi deixando de lado partes suas para caber no que esperavam da “princesinha” que ela foi ensinada a ser, e se perdeu, eu acredito, de si mesma.
“I Wanna Dance with Somebody: A História de Whitney Houston”, além de ter me deixado cheia de vontade de ouvir mais e mais músicas da cantora, as que eu já conhecia e as que ainda não tinha tido contato, apesar de não demarcar uma cronologia específica e não aprofundar tanto os dramas da vida da cantora (são muitas questões para serem tratadas bem em duas horas e meia de tela), me incitou diversas reflexões sobre a vida: a que ela levou e a que quero seguir guiando para mim. Então, eu indico demais essa experiência para você, que está me lendo. Acredito que vá ser uma vivência muito bacana.
Não posso concluir este texto sem deixar de elogiar as interpretações de Naomi Ackie (como Whitney Houston), Nafessa Williams (como Robyn Crawford) e Ashton Sanders (como Bobby Brown). Eu estava olhando as fotografias dos atores em comparação com os artistas “da vida real”, nas épocas retratadas no filme, e achei todos bem parecidos. Além de terem entregado encenações convincentes e impactantes. Fiquei encantada, sobretudo, pelas interpretações das atrizes (que inclusive, poderiam ser o foco deste post, mas eu entraria em mil especulações sobre a possível bissexualidade da Whitney, e esse não é o meu desejo).
Mesmo tendo elencado tantas informações sobre e, acredito, tendo demonstrado ter gostado tanto do filme, ainda quero reforçar: tire um tempinho e vá conferir “I wanna dance with somebody”. Acredito que você não vá se arrepender. 😉
Até breve.
Estou ansiosa demais para ver este filme. Amo cinebiografia e sou super fã da Whitney, escuto quase todo dia. Sua resenha ficou muito boa! Beijos
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Muitíssimo obrigada pelo feedback ao texto, Mara ♥
E, poxa! Se eu, que escuto bem pouco a Whitney me emocionei e empolguei com o filme, eu imagino que você vá ficar extasiada. rs
Vá mesmo conferir 🙂
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Já quero assistir. Texto maravilhoso 🤩
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Assiste sim, Pri. É um filme lindo 🙂
Obrigada pelo feedback sobre o texto ♥
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